sábado, 2 de abril de 2016

Rosa Cruz dos MILITARES - Introdução - Ação contra o Chefe do Executivo. Documento interno

Rosa Cruz dos Militares.
Rio, maio de 20XX. Atentado contra XXX.
Obs: Esse exercício mental foi distribuído internamente e se espera que seja usado como base para análise prospectiva, projeção de cenários, planejamento estratégico etc. 
Qualquer semelhança com a realidade seria mera coincidência. Ou não seria?
Distribuição somente com autorização por meio do email radicalesecreto@gmail.com

Em tempo: Senhores e senhoras, depois de recebermos nos últimos dias uma quantidade 
significativa de emails acusando-nos de conspiradores gostaríamos de informar que rechaçamos veementemente
essa acusação. Militares, empresários e outras categorias precisam realizar projeções do futuro. Como se preparar
sem fazer isso? Além disso, obras de ficção são publicadas todos os dias. Nos EUA, por exemplo, 
todos os dias surgem filmes que mostram tentativas de assassinar o presidente. Por que seria uma conspiração
criar um texto desse tipo aqui no BRASIL? Não temos liberdade de expressão? 
Por conta disso, ainda que não acreditemos 
que se trata de um material literário, resolvemos divulgar o texto completo, todos os dias um capítulo.

Prefácio.

A Ordem Rosa Cruz dos Militares não se assemelha a nenhuma das diversas ordens formadas por militares e civis agraciados em pomposas cerimônias que distribuem belas medalhas das forças armadas brasileiras, como Ordem do Mérito Naval, Pacificador, Mérito Militar etc. Compostas por pessoas que não são ligadas por nenhum vínculo ou interesse, tendo em comum apenas as condecorações recebidas por conta de algum relevante serviço prestado às forças armadas, ou mesmo, o que ultimamente se tornou algo comum, por adulação de algum militar do alto escalão, essas "ordens", que não passam de listas nominais, na verdade são consideradas pelos militares como o que de fato são, simples listas de nomes.

Pouco antes do fim do período em que o Brasil foi gerenciado pelos generais, alguns militares mais observadores, sobretudo aqueles que fizeram parte da elite intelectual comandada pelo General Golbery do Couto, principal articulador do contra-golpe militar de 1964, perceberam que não tardaria a ocorrer um nova investida da esquerda. Com acesso privilegiado e informações estratégicas estes concluíram que os comunistas chegariam ao comando do país em cerca de trinta anos, e que após dar essa “volta por cima” seria inevitável que realizassem um nada misericordioso “ajuste de contas” contra aqueles que os derrotaram nos anos 60.

É de conhecimento público que Na batalha contra os grupos de esquerda os militares tiveram de usar de métodos não convencionais para descobrir esconderijos, depósitos de armas e planos dos inimigos. Nos chamados “porões da ditadura” muitos presos foram colocados frente a frente com equipamentos assustadores, como paus-de-arara e cadeiras elétricas. A maioria só com a visão desses “utensílios” logo desatava a citar os nomes de esconderijos, delatar companheiros de “combate” e a fornecer todas as informações que conseguiam lembrar.

Nessa difícil empreitada, no afã de se obter informações sobre artefatos explosivos ou atentados já orquestrados, uma parcela significativa de informações foi obtida com o uso de métodos duros, mas considerados necessários em face da urgência em se preservar vidas inocentes. Alguns terroristas acabaram não resistindo. Pode-se considerar isso como inépcia, tratamento desumano, abuso de autoridade, irresponsabilidade por parte do estado? É claro que sim. Contudo, pra traçar um juízo de valor sobre isso não se deve simplesmente observar "de longe", de uma distância de 50 ou 60 anos. É preciso que o julgador se transporte para o contexto em que os fatos ocorreram. 


O estado combatia em uma guerra contra um inimigo covarde e sem qualquer pudor em desrespeitar regras. Bombas explodiam em locais de grande aglomeração e sequestros ocorriam todas as semanas.

Do nosso lado também houve baixas, vários militares e civis foram sequestrados e assassinados pelos terroristas, com ou sem os chamados "tribunais" revolucionários. Contudo, enquanto a esquerda foi anistiada em sentido amplo, os militares e civis que ajudaram no retorno à normalidade foram transformados nos vilões da história. E isso até hoje é um estigma na história das forças armadas brasileiras, que não são mais lembradas por suas significativas vitórias na segunda grande guerra, ou por ter livrado o Brasil do comunismo, mas apenas por ter supostamente torturado terroristas de esquerda nos anos 60 e 70.

Apesar de reprimir duramente sindicatos, associações de estudantes e qualquer organização suspeita de incitar a revolta armada, os militares pouco atuaram na questão cultural, e foi aí que os comunistas investiram mais. Mesmo nos primeiros anos de regime militar um grande número de repórteres e outros profissionais de imprensa dos principais jornais dos grandes centros eram simpatizantes declarados das doutrinas marxistas. 

Com essa brecha aberta, aos poucos a sociedade brasileira foi preparada para aceitar modificações culturais cruciais para a implantação de um regime comunista no maior país da América Latina, o país entrou no século XXI impregnado de idéias importadas da velha mentalidade comunista da Rússia dos anos 60. Os cursos de humanas das universidades públicas brasileiras se tornaram verdadeiros diretórios de partidos comunistas e o que jamais ocorreu em nenhum lugar do planeta aconteceu aqui, se tornou moda entre os jovens usar camisetas com a face de Chê Guevara e carregar O Capital (1) no suvaco.

Os marxistas foram tão bem sucedidos em sua tarefa de moldar o intelectual coletivo que conseguiram criar na sociedade brasileira vários sentimentos universais estranhos à racionalidade, a exaltação a Chê Guevara e ao regime Cubano são exemplos. O país se tornou aos poucos o paraíso das teorias granscistas, a sociedade “esclarecida” brasileira logo abriu mão de analisar, avaliar, raciocinar as questões do dia-a-dia e se apegou ao mais fácil, às conclusões já pré-paradas por alguém. 

Quase todos foram imersos nesse “coletivo”, quem ousa raciocinar individualmente, argumentar em contraposição ao que a maioria “pensa”, hoje no Brasil é visto como politicamente incorreto, e logo acusado de ser individualista, reacionário e burguês.

Em 1975 foi criada a Ordem dos Militares. A ex-equipe do Bruxo, como era conhecido o general Golbery, ainda no regime militar, com o objetivo de se precaver ante a possibilidade de uma cruel vingança por parte dos comunistas, discretamente refundou a antiga ordem de Santa Cruz, uma entidade religioso-filantrópica extinta há mais de um século, da qual fizeram parte alguns militares ilustres, como Floriano Peixoto e Caxias. 

O grupo se instalou nas dependências da Igreja de Santa Cruz dos militares, no centro do Rio de janeiro. A partir daí, ainda nos anos setenta, o seleto grupo, chamado agora de Ordem de Santa Cruz dos Militares, realizou diversas ações filantrópicas, como distribuição de alimentos, auxílio a órfãos e viúvas etc. Depois de cumprido o primeiro objetivo, que era o de construir essa “fachada” de altruísmo, os membros da ordem partiram para o seu verdadeiro foco: acumular recursos suficientes com um objetivo bem definido. Em caso de tentativa da esquerda de reiniciar um processo de polarização e consequente solução de continuidade na democracia, essa reserva deveria ser capaz de financiar um novo projeto contra os inimigos da democracia. 


Nos próprios porões da igreja foi construído um labirinto de túneis que vai até o mar e outros pontos estratégicos da cidade e uma quantidade considerável de explosivos, munições e armas foi ali depositada ao longo de duas décadas. 


Os militares usaram também outras propriedades da ordem como depósito de material bélico.


[1] Livro de Karl Marx onde o mesmo descreve suas principais idéias em relação à economia, burguesia e proletariado.

Veja o Próximo Capítulo

Um comentário: